Contaminações em commodities agrícolas por fungos patogênicos são um sério problema que está diretamente relacionado à saúde humana e animal. As micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos produzidos por fungos filamentosos que, quando ingeridos, são prejudiciais à saúde, além de apresentarem elevada atividade mutagênica, carcinogênica e teratogênica.
Na agricultura, já foram identificadas mais de quinhentas micotoxinas. Entre as de maior importância, por serem responsáveis pelos maiores índices de contaminação de grãos, sementes e outros alimentos, estão as aflatoxinas produzidas por fungos do gênero Aspergillus, como A. flavus e A. parasiticus. Pesquisas atuais evidenciaram a existência de no mínimo 17 compostos tóxicos do grupo das aflatoxinas, dentre os quais os mais importantes são as aflatoxinas B1, G1, B2 e G2. A aflatoxina B1 (AFB1) é considerada o agente natural mais carcinogênico que se conhece, sendo assim a micotoxina mais importante a nível nacional.
A presença de fungos do gênero Aspergillus é um indicativo da deterioração das sementes ou grãos de cereais e oleaginosas, promovendo danos ao embrião, descoloração, alterações nutricionais e perda da massa seca. Abaixo destaca-se a regulamentação com padrões para comercialização de milho no território nacional.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta limites máximos tolerados para algumas micotoxinas no Brasil. Quanto à aflatoxina para o milho (B1 + B2 + G1 + G2), o índice não poderá superar 20 µg kg-1 (ppb). O não cumprimento da resolução é considerado uma infração sanitária, sendo assim, irregularidades observadas serão cabíveis de multa