O fungo causador de diplopia nas folhas é conhecido por stenocarpella macrospora, enquanto nos grãos é chamado stenocarpella maydis, embora a stenocarpella macrospora também possa ocorrer nos grãos. Os fungos sobrevivem em restos culturais de milho por várias safras e se dispersam pela chuva e vento.
Nas folhas, as lesões variam em tamanho e têm bordas irregulares. Quando observadas contra a luz, pode-se ver o ponto de infecção e pequenos pontos negros, que podem estar isolados ou agrupados, sendo estes as estruturas de reprodução deste fungo, denominadas de picnídios.
Os sintomas iniciais de diplodia nas opdem folhas podem ser semelhantes aos da doença de mancha de Turcicum. Altas temperaturas e umidade favorecem o desenvolvimento da doença.
Nas espigas, a infecção se inicia na sua base, sendo o pedúnculo da espiga o principal sítio de infecção do patógeno. Nestas espigas infectadas ocorre a formação de micélio branco entre as fileiras e posterior escurecimento dos grãos, ocasionando a perda de peso. Temperatura entre 25-30 C favorecem o desenvolvimento da doença.
O monitoramento de incidência a partir do estágio V6 do milho é recomendado para determinar o controle inicial da doença. Outro fator muito importante a ser levado em consideração é o histórico da fonte de inóculo desta área, a tolerância dos híbridos cultivados nos anos anteriores, pois a susceptibilidade do híbrido pode resultar em taxas elevadas de inóculo nos restos culturais, podendo agravar o problema nos cultivos subsequentes.
As principais medidas de manejo para o controle da doença são a época de plantio do milho, escolha de híbridos com tolerância à doença, adubação equilibrada de Nitrogênio e Potássio e utilização de bons fungicidas recomendados para o controle de diplodia, de maneira antecipada.