Alguns estudos mostram que podemos chegar a uma redução de até 30% da produtividade da cultura devido ao ataque de algumas espécies de nematoides. Os sintomas mais característicos nas lavouras são: aparecimento de reboleiras dentro dos talhões com plantas amarelecidas e menor porte, redução no tamanho e peso de raízes, apresentando também um certo engrossamento das raízes, redução e má enchimento de grãos.
As espécies de maior dano econômico para a cultura são: Meloidogyne (Meloidogyne incógnita e Meloidogyne javanica) também conhecido por nematoides de galha, possuem um ciclo de vida de 20 a 30 dias com 4 estádios juvenis e posteriormente adulto, sua reprodução é de forma partenogênica, o macho e a fêmea possuem dimorfismo sexual, a fêmea pode colocar cerca de 200 a 1.000 ovos no solo ou no córtex da raiz.
Pratylenchus (Pratylenchus brachyurus e Pratylenchus zeae) considerados nematóides de lesões radiculares, possuem um ciclo de vida em torno de 30 a 60 dias com 4 estádios juvenis e posteriormente adulto, sua reprodução também é de forma partenogênica, a fêmea pode ovipositar até 80 ovos por ciclo.
O melhor manejo de nematoides na cultura se inicia com a identificação correta da espécie presente na lavoura e qual o seu nível populacional, por isso deve-se realizar uma amostra de solo para as análises laboratoriais.
Com o resultado da análise nematologia em mãos, algumas ferramentas que auxiliam no manejo de namatoides são: uso de híbridos tolerantes ou resistentes àquela área; uso de área; controle químico e biológico; adubação equilibrada de nutrientes e matéria orgânica; rotação de culturas e ainda evitar a introdução de uma nova população/espécie no sistema.